Inclusão é
o ato de permitir, favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum,
indistintamente, seja ela inclusão escolar e/ou social.
A
inclusão escolar é um movimento social que visa modificar as relações criadas com
as pessoas chamadas portadoras de deficiências.
Portadores
de deficiências são pessoas que apresentam algum tipo de comprometimento
orgânico ou psicológico como necessidade de aprendizado diferenciado em determinados
momentos.
De
forma ampla e genérica todos nós somos portadores de necessidades especiais em
determinados momentos educacionais.
Quando
nos referimos à portadores de necessidades especiais, por uma questão social já
arraigada, nos portamos ao temor deficiência, que nos remete a condição social
de menos valia.
A
diferença é vista como deficiência que nos levam a práticas discriminatórias,
porque as ideias são sempre correlatas a práticas.
Enquanto
discurso, a deficiência se faz presente em nossos discursos, porém enquanto
prática ela se associa a segregação e a exclusão.
Quando
pensamos na escola, vemos a deficiência como produto a ser conduzido,
assistido, guardado, ele se coloca como não aluno, por não estar seriado.
O
movimento de inclusão vem trazer novas relações de educação, a legislação
anterior procurou comtemplar espaços para estes “deficientes”, categorizando
suas deficiências para poder melhor atende-los.
A
legislação atual prioriza a inclusão deste aluno no ensino regular, trabalhos
de apoio ao ensino regular, sem a necessidade de categorização ou exclusão.
Na
nova legislação a questão pedagógica vem como prioridade, à questão do “ensinar”
passa a ser prioritário.
A
nova legislação traz a diferença entre a interação e inclusão, porque na interação
a pessoa portadora de necessidades especiais tem que se moldar aquilo que já
está estruturado inicialmente.
Na
inclusão, por outro lado, é reconhecida a existência de mecanismos sociais de
exclusão.
Passa-se
a ter menos classes especiais e mais trabalho de inclusão, com as diferenças
nas salas de aulas, porém a maior conquista é pedagógica.
Porque
ocorre predominantemente nesta área.
Com
a mudança da percepção de aprendizagem muda-se a perspectiva.
A
utilização do construtivismo e interacionismo traz um novo nível de
aprendizagem, à medida que se possibilita uma maior interação das pessoas
portadoras de necessidade especiais.
Com
maiores processos de aprendizagem eles começam a se desenvolver melhor, com um
transcurso de aprendizagem jamais imaginado.
No
campo pedagógico temos novos caminhos a seguir, baseados nestas novas leis e
verdades trazidas a tona.
O
profissional (professor) deve buscar se está ou não preparado para esta
inclusão, porque a exclusão é um fenômeno muito amplo, dentro da sociedade como
um todo.
Porém
no ponto de vista institucional (escola) os equipamentos constroem um movimento
da exclusão, baseado naquilo que não condiz com o que ela espera como foco de
seu processo de aprendizagem.
Nossas
ações práticas são subjetivadas por nós mesmos, através da exclusão, da
repetência e da dificuldade de ensinar e aprender, levando a um distanciamento
natural do foco principal da escola, que é o fazer aprender.
Levando-nos
a uma desqualificação do processo de aprendizagem, a uma desqualificação do
trabalho em si do professor e a criação e guetos de marginalidade.
A
escola enquanto equipamento social, ela produz e reproduz mecanismos de
exclusão, levando o fracasso escolar, que nos levaram a criar diferentes
programas compensatórios em diferentes momentos históricos.
A
exclusão esta vinculada a uma necessidade humana a categorizar e segmentar.
A
inclusão e exclusão se completam, porque quando eu excluo algo ou alguém, eu o
incluo em algum outro patamar.
Este
binômio de inclusão exclusão é também entendido como um controle social, um
processo social.
E
o professor se prepara para um processo de aprendizagem, se o aluno busca a
escola para o processo de ensino-aprendizagem, o professor que vai trabalhar
com a inclusão, deve estar muito mais preocupado, com o processo pedagógico
como um todo, do que com o processo orgânico desta deficiência.
A
ancoragem deve ser constante, de sentido duplo.
As
questões de aprendizagem, apesar de um comprometimento orgânico, me dá a
possibilidade de fazer este processo de ensino-aprendizagem numa sociedade
inclusiva que não busca igualar ou normatizar.
Levando
a outras formas de aprendizagem, que não as racionais; trabalhando e convivendo
com a heterogeneidade, com o trabalho interdisciplinar, porque não haverá uma
homogeneidade em conquistas e sim desafios e ganhos diários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário