Cultura, do latim significa
cultivar, em alemão pode se referir ao estritamente popular ou às manifestações
artísticas mais relevantes da humanidade. Em Roma, na língua latina, seu
antepassado etimológico tinha o sentido de agricultura, significado que a
palavra mantém ainda hoje em determinados contextos.
Segundo Edward B. Tylor, cultura
é aquele todo complexo, que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral,
a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo
homem como membro da sociedade.
Cultura é também associada,
comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade.
Na verdade cultura é a alma da
educação, é à base da educação.
Alguém é culto quando tem um
cabedal de conhecimento muito vasto.
Educação em si, investi mais na
capacitação, na formação e produção para a cultura.
Cultura não é só as expressões
artísticas.
A cultura deve ser entendida
enquanto direitos, cidadanias e economia.
Propõe buscar a foco na
sociedade, para sair dos aspectos mais únicos, como poesia, belas artes etc., o
foco da cultura atual é mais abrangente, uma rede de cultura que envolva a fusão
de todas as temáticas.
A escola deve interagir com a sociedade,
porque o próprio processo de educação se propõe a esta fusão, sociedade x
instituição de ensino x cultura.
É necessário um processo
educacional mais holístico, mas global.
Os programas culturais devem
aproximar o processo cultural como um todo, desde a sua produção, com o
processo educacional em si, como uma atitude cotidiana a ser desenvolvida no
decorre de todo o processo da vida e do período educacional, articulando a cultura
e os processos educacionais com os direitos como um todo.
O Brasil é um país onde se sofre
muito desrespeito às regras e leis, apesar de ser um povo tão cordial.
A rede de cultura é identificada
por pontos de cultura, conceito a ser construído para identificar ações
culturais já desenvolvidas pela sociedade.
São ações em que a sociedade já
está inserida e que não faz parte do processo educativo, como escolas de samba,
maracatu, frevo, ações socioeducativas nas comunidades e grupos de teatros de
vanguarda.
Os grupos de expressão cultural e
cidadania receberam o nome de cultura viva.
A cultura viva, poderia parecer
uma redundância, porque parece que toda a cultura é viva, mas algumas se fossilizam
e não matem o “vivo” da sociedade.
A cultura não liberta, ela escraviza
em muitos aspectos.
No entanto, a cultura tem um componente
de libertação que nos diferencia de todos os outros animais através de nossas
ações.
Os vínculos de generosidade, tolerância
e respeito ao próximo obtidos através do processo de criação da cultura popular
gerando uma cultura libertadora.
O conhecimento por si liberta ou
aprisiona, na medida em que o conhecimento é concentrado e transformado na sua
capacidade de produzir cultura ou conhecimento.
Acesso à informação é possibilidade
de transformação.
O parecer mais culto, faz as
pessoas distintas umas das outras, em relação a sua posição na sociedade.
Cultura serve para criar
legitimação de poder, de status na sociedade.
A criação de pontos de cultura,
levam ao espaço de recepção e irradiação de cultura, unindo cultura tradicional
à inovação, dando a um publico não atendido pelos mecanismos normais o direito
ao acesso a cultura.
Os pontos de cultura fogem dos
centros culturais ou casas de cultura, para não tirar a expressão verdadeira de
cada grupo.
Ao buscar o tradicional deve-se
enxergar a inovação, a vanguarda, através da antropofagia brasileira.
Na verdade se busca não o que a sociedade
quer, mas sim “COMO” ela quer esta cultura.
Busca-se compor uma rede
diversificada, com acessibilidade a todos.
Padronizar a cultura é deixar o
povo fazer a cultura por si só.
A entrada da cultura estrangeira
na vida do povo brasileiro traz uma perspectiva diferenciada, onde a exclusão
pela cultura e conhecimento se fazem presentes.
Na utilização da cultura popular
como base da nossa sociedade, damos ao povo o direito de fazer o país, de fazer
seu conhecimento, sua reconstrução cultural, ou seja, a aproximação da cultura
com o povo como um todo.
Segundo Vygotsky, a relação de
construção do conhecimento é baseado na aproximação, ou seja, aprendemos com
aquilo que nos cerca.
O desenvolvimento aproximal deve
ser resgatado através da cultura popular e diária, resgatando uma cultura que
estava aqui o Brasil desde o seu descobrimento.
Trabalhado com o objetivo de
reconhecer iniciativas socioculturais exemplares, voltadas para as expressões
tradicionais e identitárias dos povos diversos, encontrados no Brasil.
Articular os diversos ministérios
dando maior efetividade e apoio a essas comunidades, que estão à margem da
sociedade.
Porém é dever do estado perceber
isso e buscar formas de recoloca-los na sociedade, com direitos e deveres
igualitários.
Compartilhamento com a sociedade
é trabalho do estado, porém o estado brasileiro é utilizado apenas por uma
pequena parte da população.
A gestão compartilhada e
transformadora pode trazer um alento à sociedade, através dos pontos de
cultura, desenvolvendo a autonomia, através da dominação da tecnologia, de conceitos
e de mecanismos de construção do seu saber na sociedade como o protagonismo social,
o empodeiramento social e seu saber social, através de sua historia e cultura,
da transmissão da cultura popular, que leva as pessoas a um orgulho de sua historia.
O brasileiro se projeta em outras
culturas, precisamos sim conhecer as outras culturas, mas num processo
equilibrado, não se apoderando da cultura alheia e perdendo suas raízes.
A violência não vem das grandes
pobrezas, e sim da iniquidade; das grandes diferenças criadas pela sociedade e
pela cultura de que, para ser alguém se deve ter algo.
Com o rompimento dos vínculos de
cultura, os jovens perdem sua base estrutural, sua base cultural que defina
valores éticos e morais.
A humanidade deve retomar sua
linha de tradição de uma forma inovadora, através da utilização da cultura como
base desta reconstrução de identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário