sexta-feira, 16 de maio de 2014

Quais os sentidos de cultura que podem ser compreendidos?


Cultura, do latim significa cultivar, em alemão pode se referir ao estritamente popular ou às manifestações artísticas mais relevantes da humanidade. Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de agricultura, significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos.
Segundo Edward B. Tylor, cultura é aquele todo complexo, que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade.
Na verdade cultura é a alma da educação, é à base da educação.
Alguém é culto quando tem um cabedal de conhecimento muito vasto.
Educação em si, investi mais na capacitação, na formação e produção para a cultura.
Cultura não é só as expressões artísticas.
A cultura deve ser entendida enquanto direitos, cidadanias e economia.
Propõe buscar a foco na sociedade, para sair dos aspectos mais únicos, como poesia, belas artes etc., o foco da cultura atual é mais abrangente, uma rede de cultura que envolva a fusão de todas as temáticas.
A escola deve interagir com a sociedade, porque o próprio processo de educação se propõe a esta fusão, sociedade x instituição de ensino x cultura.
É necessário um processo educacional mais holístico, mas global.
Os programas culturais devem aproximar o processo cultural como um todo, desde a sua produção, com o processo educacional em si, como uma atitude cotidiana a ser desenvolvida no decorre de todo o processo da vida e do período educacional, articulando a cultura e os processos educacionais com os direitos como um todo.
O Brasil é um país onde se sofre muito desrespeito às regras e leis, apesar de ser um povo tão cordial.
A rede de cultura é identificada por pontos de cultura, conceito a ser construído para identificar ações culturais já desenvolvidas pela sociedade.
São ações em que a sociedade já está inserida e que não faz parte do processo educativo, como escolas de samba, maracatu, frevo, ações socioeducativas nas comunidades e grupos de teatros de vanguarda.
Os grupos de expressão cultural e cidadania receberam o nome de cultura viva.
A cultura viva, poderia parecer uma redundância, porque parece que toda a cultura é viva, mas algumas se fossilizam e não matem o “vivo” da sociedade.
A cultura não liberta, ela escraviza em muitos aspectos.
No entanto, a cultura tem um componente de libertação que nos diferencia de todos os outros animais através de nossas ações.
Os vínculos de generosidade, tolerância e respeito ao próximo obtidos através do processo de criação da cultura popular gerando uma cultura libertadora.
O conhecimento por si liberta ou aprisiona, na medida em que o conhecimento é concentrado e transformado na sua capacidade de produzir cultura ou conhecimento.
Acesso à informação é possibilidade de transformação.
O parecer mais culto, faz as pessoas distintas umas das outras, em relação a sua posição na sociedade.
Cultura serve para criar legitimação de poder, de status na sociedade.
A criação de pontos de cultura, levam ao espaço de recepção e irradiação de cultura, unindo cultura tradicional à inovação, dando a um publico não atendido pelos mecanismos normais o direito ao acesso a cultura.
Os pontos de cultura fogem dos centros culturais ou casas de cultura, para não tirar a expressão verdadeira de cada grupo.
Ao buscar o tradicional deve-se enxergar a inovação, a vanguarda, através da antropofagia brasileira.
Na verdade se busca não o que a sociedade quer, mas sim “COMO” ela quer esta cultura.
Busca-se compor uma rede diversificada, com acessibilidade a todos.
Padronizar a cultura é deixar o povo fazer a cultura por si só.
A entrada da cultura estrangeira na vida do povo brasileiro traz uma perspectiva diferenciada, onde a exclusão pela cultura e conhecimento se fazem presentes.
Na utilização da cultura popular como base da nossa sociedade, damos ao povo o direito de fazer o país, de fazer seu conhecimento, sua reconstrução cultural, ou seja, a aproximação da cultura com o povo como um todo.
Segundo Vygotsky, a relação de construção do conhecimento é baseado na aproximação, ou seja, aprendemos com aquilo que nos cerca.
O desenvolvimento aproximal deve ser resgatado através da cultura popular e diária, resgatando uma cultura que estava aqui o Brasil desde o seu descobrimento.
Trabalhado com o objetivo de reconhecer iniciativas socioculturais exemplares, voltadas para as expressões tradicionais e identitárias dos povos diversos, encontrados no Brasil.
Articular os diversos ministérios dando maior efetividade e apoio a essas comunidades, que estão à margem da sociedade.
Porém é dever do estado perceber isso e buscar formas de recoloca-los na sociedade, com direitos e deveres igualitários.
Compartilhamento com a sociedade é trabalho do estado, porém o estado brasileiro é utilizado apenas por uma pequena parte da população.
A gestão compartilhada e transformadora pode trazer um alento à sociedade, através dos pontos de cultura, desenvolvendo a autonomia, através da dominação da tecnologia, de conceitos e de mecanismos de construção do seu saber na sociedade como o protagonismo social, o empodeiramento social e seu saber social, através de sua historia e cultura, da transmissão da cultura popular, que leva as pessoas a um orgulho de sua historia.
O brasileiro se projeta em outras culturas, precisamos sim conhecer as outras culturas, mas num processo equilibrado, não se apoderando da cultura alheia e perdendo suas raízes.
A violência não vem das grandes pobrezas, e sim da iniquidade; das grandes diferenças criadas pela sociedade e pela cultura de que, para ser alguém se deve ter algo.
Com o rompimento dos vínculos de cultura, os jovens perdem sua base estrutural, sua base cultural que defina valores éticos e morais.
A humanidade deve retomar sua linha de tradição de uma forma inovadora, através da utilização da cultura como base desta reconstrução de identidade.


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