quarta-feira, 14 de outubro de 2015







segunda-feira, 12 de outubro de 2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015










Edição sob demanda


Editora Mestre das Letras
Editora que auxilia o autor na sua jornada de produção e que apóia para a comercialização e divulgação dos livros.

Missão - Editar livros que transformem a vida dos autores e de seus leitores.

Visão – Criar livros baseados num projeto amplo, com divulgação do autor, do livro e de seus trabalhos.

Chegar ao topo das mídias conjugadas, trabalhar com uma gama de autores que mantenham programas de web rádio, web TV, canal no youtube, webinário, palestras, congressos e coaching agregando valores um ao trabalho do outro, sempre em nome do crescimento da editora.

Valores – produzir livros com qualidade de impressão e projeto gráfico diferenciado, agregado a divulgação via web através der radio, TV, youtube, webinário, seminários, congressos, na busca por um mundo melhor, através da transformação dos leitores e de um atendimento personalizado para cada projeto. Boa diagramação, projeto gráfico 1ª qualidade, conhecimento do mercado editorial e outras mídias para trabalho em conjunto.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Edição sob demanda


é amanhã




Quem sou eu?


Sua saúde em primeiro lugar!


Imperdível



O que é estado laico afinal?


Por Lucila Helena Celete

Estamos num momento religioso muito delicado no Brasil, onde o estado laico não vem sendo respeitado, vemos diariamente postagens nas redes sociais de pessoas sendo desrespeitadas em suas crenças e religiões, chamadas de cultos, e não de religião.
Vamos começar pelo começo...
Segundo nossa constituição, vivemos num estado laico, onde todos podem professar e praticar a religião que desejarem e acharem melhor para si.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Sabemos também, aliás, quem não sabe, que fique sabendo agora, porque conhecimento não ocupa espaço, nenhuma lei neste país pode sobrepor a Constituição Federal de 1988, chamada de constituição cidadã, pois garante os direitos básicos e plenos do cidadão.
Se nenhuma lei pode sobrepor à constituição, como pode ter uma bancada “evangélica” neste país, brigando por direitos e valores que não são laicos?
Como podem julgar religiões não cristãs, como “cultos demoníacos”, pura e somente por não cultuarem o Cristo, considerado salvador pelos cristãos, mas inexistente para judeus, muçulmanos, candomblecistas, budistas e messiânicos?
Religião, no dicionário, significa se religar a Deus, a uma força maior, e o cristianismo se baseia em cultuar o Cristo, e não tem nada a ver com o Deus criador.
Porque, de todas as religiões que já pesquisei, todas têm um criador, uma força maior, que criou tudo e que comanda as “regras do jogo”.
Engraçado, li uma postagem esta semana, se referindo aos animais, que são ateus, imagino, porque não cultuam nada, nem ninguém, mas mesmo assim, vivem, passam pelo mundo, tem sua existência, sua história e não estão preocupados com o julgamento final, com a opinião dos outros ou de Cristo sobre eles.
E que mal há em não crer em nada? Seria esta pessoa menos digna? Ser cristão não é seguir os passos do Cristo?
E porque julga seu irmão pela roupa que veste no culto, porque julga a adúltera, pela má conduta, se o próprio Cristo a aceitou de braços abertos?
E o que dizer da guerra santa, que ultrapassa todos os limites de sanidade e humanidade.
Mas vejo no nosso Brasil, LAICO, um movimento pró-cristianismo, desnecessário, voluntário e agressivo.
Pessoas que te abordam na rua, na porta da sua casa, no mercado, na feira, no ônibus.
Cadê o meu direito de ir e vir, determinado pela constituição?
Cadê o meu direito de não professar nenhuma religião, ou de seguir uma religião que não quero declarar?
Quem lhes deu o direito de me interpelar na rua, para impor suas idéias?
Cadê o estado laico, para aqueles que têm uma religião e que não podem dizer clara e abertamente sobre sua fé, sobre suas crenças, que seus filhos não podem dizer na escola abertamente sobre suas crenças... cadê o direito destas pessoas, tão brasileiras quanto todos nós e que deveriam ser resguardados pela constituição?
E vocês que estão ai no legislativo, o que estão fazendo ai, se não é fazer valer nossa constituição e os nossos direitos?
Quero poder continuar ensinando meus filhos que eles podem e devem conhecer todas as religiões antes de decidir onde se sentem bem, que eles devem sim ter amigos de todas as crenças porque irão aprender sobre diversas visões de mundo.
Quero poder continuar com todos os “meus rituais”, que são uma mistura de família africana, com católicos italianos e espanhóis, espanhóis estes mouros.
O copo de água com sal grosso atrás da porta, a vela do anjo da guarda, a oração pela manhã, o incenso, o credo quando tudo vai mal, as missas pelos entes que já foram, a defumação para aliviar o ar pesado da casa, os banhos de folha para abrir caminho, os santinhos na cozinha guardando o lugar onde nos reunimos para as comemorações em família, o terço sobre a cama, ritos misturados de crenças diversas, de famílias misturadas, mas que são praticados desde sempre, num Brasil de tamanho continental e de culturas diversas e dispersas.
Somos um povo de diversas raças, somos todos vindos de todos os lugare.
E não podemos e em devemos proferir uma única fé, uma única religião, se mesmo no cristianismo não há consenso.
A igreja católica, criada após a morte de Cristo, está sendo “substituída” pelas ditas “evangélicas”, que agora se dizem as verdadeiras e corretas.
Mas que nem entre elas há um consenso.
Existem trezentas e várias denominações cristãs evangélicas: diferindo entre si em valores, cultos, ritos, verdades e interpretações.
As presbiterianas, batistas, anglicanas, congregacionalistas, luteranas, calvinista, adventista, neopetencostal e tantas outras.
Se não há consenso entre quem diz que busca a mesma coisa, baseados no mesmo livro e com as mesmas regras, porque querer que o outro seja igual a mim?
            Quero poder ir ao mercado e ver um colega de roupa de santo, sim, de roupa de santo, e perceber que ninguém fez cara feia para ele, que ninguém xingou e muito menos, matou por isso.
Quero ir à praia e ver amigos evangélicos se divertindo, sem beber ou dançar, mas estão lá, da maneira deles e respeitados. 
Quero ver no dia de Cosme Damião, as pessoas na rua proferindo sua fé e sendo respeitadas.
Quero ver como a marcha para Jesus, um movimento dos filhos de fé, dos umbandistas, candomblecistas, todos de branco, lavando a escadaria da sé, passeando pela paulista, todos ao toque do atabaque.
Porque se há permissão para que se faça um “show” religioso para uma única fé, há de haver também a mesma permissão para todas as outras.
Quero ver amigos budistas andando pela cidade a caráter, sem serem olhados como monstros, que possam fazer uma cerimônia pública com a citação do “daimoko” e todos respeitem a fé alheia. 
Porque o estado laico é muito mais do que palavras na constituição. Ele é respeito ao próximo, é dignidade para viver com a sua escolha sem se preocupar com o outro.
E para aqueles que tentam este absurdo de bancada evangélica, eu digo, houve uma época em que a religião comandou a política, e ela se chamou inquisição e foi o maior horror já visto pela humanidade e até hoje o papa pede perdão por isso, diariamente.
Não sujem suas mãos com o sangue dos inocentes de outras religiões, proferindo ódio e vingança contra aqueles que pensam de maneira diferente.
Porque mesmo que voce não tenha matado, se você disse “vamos acabar com estes macumbeiros”, “eles cultuam o demônio”, você está incitando a violência e será tão culpado pela morte, quanto quem o matou.
Existem leis que não são cumpridas neste país e gostaria que todos, todos que sofressem qualquer violência de intolerância religiosa fossem a público, devemos acabar com isso.
Queimaram uma igreja mórmon que continha documentos históricos, isto é um horror para o país.
E o que dizer do holocausto, um povo foi perseguido e exterminado e que até hoje não conseguiu esquecer esta barbárie.
Intolerância.
Até quando vamos aceitar o outro como inimigo, diferente e “outro” e não como irmão, filho do mesmo Deus, com aquele amor que Cristo pediu: “ame o próximo como a ti mesmo”
Este próximo é qualquer um, e não só seu filho, irmão, primo, ou colega de igreja, é qualquer um!
E principalmente aquele que você acredita ser diferente, ser inimigo, estar errado.
Este deve ser mais amado ainda, para que a cólera não ocupe nosso coração.
Deixo aqui meu agradecimento a todas as religiões, que lutam e ensinam o amor acima de tudo, que buscam um mudo melhor para mim e para todos nós.
Que a humanidade possa perceber rapidamente que somos todos humanos.

Que Deus, Oxalá, Budá, Maomé, Meishu sama, Alá, Jesus Cristo, Nossa Senhora Aparecida os abençoe e que possamos aprender a amar acima de todas as coisas.