terça-feira, 8 de setembro de 2015

Somos Todos Estrangeiros!

   
  Por Lucila Celete.

Você é descendente de negros, japonês, italiano, alemão, espanhol, judeu, paulista, nordestino, nortista.
Você é estrangeiro, em algum momento de sua vida.
Você não está preso a lugar nenhum, está ligado a culturas, costumes, mas não a lugares.
Você tem uma cidade Natal, mas nem sempre pode estar lá fisicamente.
Você que num momento de sua vida, aceitou a oportunidade de ir para outro país, diferente, para uma especialização, tão necessária e desejada.
Você que partiu em uma viagem de férias.
Você que saiu de sua cidade para cursar uma graduação.
Você que saiu de seu estado para viver um grande amor.
Você é estrangeiro.
Você que saiu de sua cidade, estado ou país para fugir da pobreza, em busca de oportunidades.
Você que entrou num país desconhecido, convidado por uma empresa, para viver uma oportunidade de um futuro melhor.
Você que atravessou as barreiras de um país continental e está trabalhando nas áreas mais remotas do Brasil.
Você que veio ou que foi durante a ditadura. Que foi obrigado a amá-lo, da maneira que estava, ou deixá-lo.
Você que veio durante a segunda guerra mundial.
Quantas vezes na vida nos sentimos estrangeiros?
No ingresso da universidade, no início de um namoro, ao conhecer a família dele ou dela.
No primeiro emprego, na troca de emprego, na mudança de carreira, na perda de um ente querido.
Você que se sente desligada de sua força interior, de sua essência, quando nos sentimos abandonados.
Quantos brasileiros foram morar em outros países e foram bem recebidos, amados, acolhidos como parte da nova pátria.
Todos nos sentimos estrangeiros em algum momento de nossa vida.
Mas continuamos sendo seres humanos.
Quando iremos aprender a aceitar o outro, venha ele de onde e como vier; Tenha ele a cor da pele ou a deficiência que tiver.
Porque afinal, estamos todos estrangeiros neste mundo, aguardando a senha para a morte.
Mas nunca deixaremos de ser, seres humanos.


Meu apoio e repúdio pela violência praticada aos haitianos. Que não são culpados da crise econômica do país e da falta de emprego, porque não estavam aqui para tomarem decisões erradas, nas ultimas duas eleições!

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