terça-feira, 15 de setembro de 2015

O “ex-marido” e o “pai” dos meus filhos, quem são eles?


...Eles estão dentro do mesmo corpo, mas representam seres diferentes...

Compartilhando uma história difícil, porém necessária nos tempos atuais, pois a mesma é um dos problemas enfrentados pelos profissionais da educação em seu cotidiano, vou novamente convidar aquele espetacular personagem, “o belo Joãozinho” dos velhos contos e fábulas infantis para refletirmos sobre os dois homens que habitam um ser muito especial.
Joãozinho acorda e ouve sua mãe falando ao telefone com sua avó...
 - Aquele imprestável, arrumou outra e nos deixou, foi embora mamãe...
 Apossada por um repertório assustador de palavrões, jamais ouvido por ele e seus irmãos, o pequeno infante assusta-se e vê o mostro do Lago, o Bicho Papão, o Velho do Saco... Colocando-lhe nos braços com uma boca arregalada repleta de dentes afiados dizendo:
 - Fala! Papai. Fala filhinho! Papai...
Com os olhos cheios de lágrimas sua mãe o chama e comunica o abandono e não poupa esforços em destruir e caracterizar da mais vil maneira o ser que dividiu seu quarto por longos e inexplicáveis anos. Afinal dormir com o Bicho Papão não era nada agradável, pensou o pobre Joãozinho. Ao chegar à escola sentou-se cabisbaixo e não pensou duas vezes, mostrou sua revolta com o novo pai que lhe fora apresentado pela mãe em seu momento de fúria. Com o comportamento bem diferente do habitual, porém esperado em uma situação como a que estava vivendo. Diante deste novo cenário a escola passa a moldar-se aos atropelos do cotidiano familiar do pequeno Joãozinho, que assistirá por longos anos o litígio de um grande amor rompido.
Passeando com o Bicho Papão no shopping, o pobre Joãozinho encontra seu colega de escola que também passeava com o Velho do Saco, no meio de Príncipes e Princesas neste conturbado conto da sociedade antiga e atual.

É preciso então refletir: O “pai” do seu filho é realmente seu “ex-marido”? Será que ao jogarmos em nossos filhos os desgostos de um casamento que não deu certo é certo? O que isto pode causar na vida de nossas pequenas joias? A sociedade “matrimonial” precisa entender, pais e filhos trazem consigo um amor incondicional e compete a eles julgar o que realmente somos em suas vidas. Sendo assim, feche as portas do dolorido espetáculo, “o fim do casamento”, e lembre-se “Príncipes e Princesas” não viram monstros “estão” e por nossos filhos temos que mudar.

Colaboração Silvana Bezerra

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